quinta-feira, julho 28, 2005
já que estamos numa poética...
DECADENTE
À luz ténue, fraca e vegetalmente mórbida, escrevo
Caído no foco adormecido desvaneço-me, sem acabar
Não acabo, não começo, vegeto.
Vegeto a minha morte, lambendo languidamente meus podres lábios...
Cuspo-os em cima de uma flor pálida, em tempos fora viçosa.
De quando em vez, vez dispersa em hora
Olho o defumado tecto, olho o Salvador
Peço-lhe para não ser flor...
Peço-lhe que acabe com o Amor.
À luz ténue, fraca e vegetalmente mórbida, escrevo
Caído no foco adormecido desvaneço-me, sem acabar
Não acabo, não começo, vegeto.
Vegeto a minha morte, lambendo languidamente meus podres lábios...
Cuspo-os em cima de uma flor pálida, em tempos fora viçosa.
De quando em vez, vez dispersa em hora
Olho o defumado tecto, olho o Salvador
Peço-lhe para não ser flor...
Peço-lhe que acabe com o Amor.
Comentários:
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O amigo anda apaixonado... ahah... "Peço-lhe que acabe com o Amor." n diga uma coisa dessas... ainda vais encontrar a pessoa certa...
"Vegeto a minha morte", é que não há estado mais vegetativo que este.
Por acaso não interpretei nada o poema como algo a ver a com um gajo apaixonado.
Aliás, se ele tivesse apaixonado jamais estaria assim.
Só não atingi os últimos dois versos,
"Peço-lhe para não ser flor...", mas o gajo já está abaixo de uma flor.
"Peço-lhe que acabe com o Amor", isto é numa de "i hate the world and everybody has to suffer?"
E o gajo já ouviu falar em baton do cieiro, escusava de deixar aquela merda apodrecer.
Por acaso não interpretei nada o poema como algo a ver a com um gajo apaixonado.
Aliás, se ele tivesse apaixonado jamais estaria assim.
Só não atingi os últimos dois versos,
"Peço-lhe para não ser flor...", mas o gajo já está abaixo de uma flor.
"Peço-lhe que acabe com o Amor", isto é numa de "i hate the world and everybody has to suffer?"
E o gajo já ouviu falar em baton do cieiro, escusava de deixar aquela merda apodrecer.
o gajo tá é todo todo mamado do ópio...
naaa ,os dois ultimos versos são um hino ao ultra-anti-romantismo. O romantismo vegetaliza a morte humana...:p
naaa ,os dois ultimos versos são um hino ao ultra-anti-romantismo. O romantismo vegetaliza a morte humana...:p
Bem, não te estou a conseguir apanhar, a apatia perante a vida vegetaliza a morte humana, agora o romantismo?
O que tu queres sei eu pá!
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